quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Hoje se encerra um ano que foi muito dificil para mim em todos os sentidos ou seja foi dificil emocionalmente, financeiramente e profissionalmente. Posso mesmo dizer que leva com ele muitas dores, lágrimas e tristeza.
Desejo de todo coração que 2010 possa me trazer um novo começo, uma vida renovada e principalmente inspiração para continuar a escrever.
Aqueles que por aqui passaram agradeço muito e desejo a todos um ano maravilhoso, que 2010 regido por Vênus possa nos trazer muito amor.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O tempo

A vida as vezes faz com que eu me sinta uma marionete a mercê de suas mãos. Tenho tido tempo de vir aqui, porém ando sem vontade de escrever. Estou apenas dando uma satisfação aqueles que me seguem. Espero em breve encontrar inspiração nas garras desses meus amores.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Em memória

Corredor
Gaspar quando chegou

Como ficou
GASPAR LEVI


Essa história que vou contar será em memória a um gatinho muito especial que esteve na minha vida por apenas dois anos, mas que deixou uma saudade que será eterna.
No de 2004 enquanto navegava na internet vi a foto de um gatinho já adolescente no site Gataria e fiquei completamente apaixonada, entrei em contato com a dona Lucy Galimberti, pessoa maravilhosa que o resgatou da rua. Ele foi encontrado muito doente junto de seus irmãos que já estavam mortos.
Combinamos então que assim que ele estivesse melhor ela me entregaria, mas as coisas foram se complicando, ele tinha rino crônica, estava com giárdia e muito fraco. Nossos contatos se estenderam por muitos meses, até que um dia a Lucy me disse que escolhesse outro gatinho pois o Gaspar era muito doente e que ela não queria me dar um problema.
Falei a ela que eu queria aquele “problema”, pois estava perdidamente apaixonada e que ele teria uma chance muito melhor de ser cuidado por mim já que eu só tinha dois gatos e ela cuidava de cerca de quarenta. Depois dessa minha explanação Lucy viu que eu estava certa, mas me fez prometer que se achasse que era muito trabalho que eu devolveria a ela o pequeno (assim conheci o que é realmente dedicação e amor a um gato resgatado).
Assim Lucy veio me entregar meu lindo fantasminha Gaspar, no dia que chegou a minha casa quase matou a Lucy de vergonha, estava completamente “cagado”. Eu não me preocupei com isso sabia que era a verminose junto com o nervosismo.
Assim entrava na minha vida o gato mais querido do mundo, não havia quem entrasse na minha casa que não fosse recebido por ele na porta (como um cachorro) que não se apaixonasse. Ele era um sialata delicado, amoroso e completamente deficiente, não enxergava direito, não conseguia correr ou saltar, mas nada disso diminuía seu carisma. Todas as vezes que eu abria a porta de casa ele saia correndo pelo corredor e ia até a porta corta- fogo, voltava lentamente e feliz da vida por ter se aventurado fora de casa.
Quando era colocado no colo e beijado emitia uma serie de sons prazerosos e para encerrar o contato dava uma mordidinha meio de lado.
Aos poucos sua saúde foi se deteriorando, sua rinotraqueite tinha que ser constantemente tratada com antibióticos e nebulização. Assim no final de novembro de 2006 sua dificuldade respiratória fez o vet. pedir uma radiografia de tórax descobrimos assim um enorme tumor de mediastino, diagnóstico confirmado com uma ultra. Foi decidido então que ele teria que ser operado para a retirada do tumor. Assim no dia quatro de dezembro de 2006 com dois anos, meu pequeno anjo de quatro patas entrava no centro cirúrgico para jamais retornar, morreu algumas horas após a cirurgia, seu tumor era inoperável, estava aderido ao coração e pulmão.
Ele foi muito intenso em nossas vidas, deixou uma saudade muito grande, mas agradeço todos os dias a minha querida Lucy por ter me dado a oportunidade de fazer parte da vida de um ser tão especial. Se puder visitem seu site: http://www.gataria.com.br/ que inclusive tem um hotel para nossos queridos gatinhos.
A história do meu anjinho não termina assim, ele me deu um lindo presente. Alguns dias depois de perdê-lo sonhei que o Gaspar após sua excursão pelo corredor voltava com um gatinho branco muito magrinho e estrábico. Eu perguntei o que era aquilo e ele entrou em casa todo feliz com seu amigo, logo depois acordei. Dois dias depois, no dia 16 de dezembro de 2006 já a noitinha recebo a ligação de uma paciente dizendo que seu motorista estava no meu prédio com um presente para mim. Ao receber o presente vi que era uma cestinha com um gatinho branco e estrábico, exatamente igual ao do meu sonho e assim tem inicio a próxima história.









domingo, 25 de outubro de 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Gucci José

Essa história foi publicada na revista Seleções de setembro de 2008, inaugurando a coluna Pet Love.
Na manhã chuvosa de 17 de abril de 2004, fui à biblioteca da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para fazer uma pesquisa sobre saúde pública. No pátio da instituição há sempre muitos gatos, mas, nesse dia, um me chamou a atenção. Ele era tigrado de cinza, e estava encolhido, todo molhado, com o focinho no chão. Achei estranho, afinal não é muito comum ver um gato imóvel na chuva.Percebendo que ele não estava bem, coloquei-o embaixo do meu carro para protegê-lo da chuva, mas como tinha de fazer minha pesquisa, não pude ajudá-lo naquele momento.
Pensei que se quando eu saísse ele ainda estivesse por ali,iria levá-lo comigo. Acabei não conseguindo me concentrar nos estudos, pois só podia pensar naquele gatinho completamente molhado, e que ele estava sofrendo.
Saí da biblioteca quase correndo, e, ao olhar embaixo do carro, vi que o gatinho estava na mesma posição em que eu o havia deixado. Preocupada, enrolei-o numa manta que eu tinha no porta-malas e fui direto ao veterinário. Sabia que algo de muito errado estava acontecendo, pois o bichinho não esboçou sequer um movimento quando o peguei. Não poderia levá-lo para casa porque ele poderia ser portador de alguma doença transmissível, e poderia contaminar a Libra Maria.
Após alguns exames, o veterinário disse que ele estava com rinotraqueí­te e, provavelmente, com pneumonia. Sai com ele para uma clínica radiológica e foi confirmado o diagnóstico: ele, com cerca de 5 meses, estava muito doente, e talvez não sobrevivesse.
Eu decidi então que, como fiz com a Libra, faria qualquer coisa para salvá-lo. Seguindo as instruções do veterinário, mantive-o separado da Libra e o submeti a nebulização com antibiótico e Fluimucil. Coloquei-o em uma casinha usada para transportar animais, a cobri com plástico e fixei a máscara em uma das janelinhas. Minha casa passou a ser um centro de recuperação.
O tratamento todo durou cerca de três meses. Ele sempre foi muito bonzinho. Eu colocava o remédio em sua boca, massageava a garganta e ele engolia. Nunca deu trabalho, não reclamava nem tentava fugir de mim. Foram dias longos e difíceis para minha filha, meu marido e eu. Nessa época, nada chamava sua atenção, nem mesmo os muitos fussssssssssss que a Libra fazia ao passar pelo quarto onde ele estava.
Por sugestão da minha filha Roberta, demos a ele o nome de Gucci José, pois a Libra tem um nome composto. Ele e a Libra foram, durante muito tempo, inseparáveis. A saúde dele, hoje, ainda é muito frágil: quando o tempo esfria, ele fica logo resfriado, e muitas vezes ainda recorro à nebulização. Gucci hoje é um adulto, mas ainda gosta muito de brincar, e é o gato mais delicado e amoroso que já tive a oportunidade de conhecer; é incapaz de um gesto brusco e posso mesmo dizer que é “o babá” da casa, pois adota de primeira qualquer gato novo que por aqui passe. É também meu massagista profissional, pois quando sento no sofá ou me deito vem logo “amassar pão” em minha barriga. Além de tudo isso ainda “conversa” comigo! Quando eu digo “oi, amor”, ele responde miando de um jeito único. Ele me acompanha aonde quer que eu vá, e é o gato mais companheiro que eu já tive!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Blog de uma amiga

Amigos, aqueles que visitarem meu blog dêm um pulinho no blog de umas amigas muito queridas que me ajudaram com o Saul (meu bebê).http://www.resgatos.blogspot.com/

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Libra Maria

No dia 10 de Janeiro de 2003, após perder a mãe atropelada na garagem do meu trabalho, minha pequena gatinha preta e branca foi por mim socorrida e imediatamente levada ao veterinário: sua saúde inspirava cuidados e ela não conseguia sequer se manter em pé, apresentando sinais claros de desnutrição e desidratação.
No veterinário seu quadro clínico foi confirmado e, ao pesá-la, verificamos que ela tinha cerca de 475 gramas, ou seja, uma libra, e por sugestão do meu marido surgiu seu nome. O nome Maria foi uma promessa que fiz a Nossa Senhora caso a gatinha sobrevivesse (sei que para muitos isso é uma heresia, mas para mim é e sempre será uma justa homenagem).
O veterinário nos avisou que as chances de sobrevida dela eram muito pequenas devido ao seu grave estado de desnutrição. Fui então orientada a fazer uma formula que, segundo Drº Rogério, era milagrosa: devia pegar uma lata de leite em pó vazia, picar dois quilos de músculo e colocar dentro da lata. A lata então deveria ser levada ao fogo em banho-maria por 1 hora, e o caldo que surgisse seria dado à gatinha a cada três horas todo o fim de semana (era sexta-feira). Assim foi feito.
No domingo de manhã, a Libra já apresentava certa melhora, já conseguindo se manter em pé por alguns minutos. A cada três horas eu lhe dava com uma seringa a mistura milagrosa.
Na segunda, levei a gatinha ao veterinário e, para surpresa dele, ela estava bastante ativa e bem mais forte. Fui orientada então a comprar uma boa ração de filhote e deixar as vacinas para quando ela estivesse mais forte.
Durante um ano, ela foi filha única; era uma gatinha muito mimada e já se mostrava bastante temperamental, não gostando muito de intimidade e nem de muito chamego.
Eu diria mesmo que a Libra é tudo aquilo que a maioria das pessoas pensa de um gato: ela é mal humorada, rabugenta, deliciosamente egoísta e eu, por minha vez, sou tão tremendamente apaixonada que quando sou objeto de sua soberba atenção, evito me mover ou mesmo respirar um pouco mais fundo para não perder o direito de ser acariciada ou mesmo pisada pelo amado rolo compressor de quatro patas (que hoje pesa bem mais que seis quilos).
Meu maior prazer é quando ela, em sua infinita bondade resolve “amassar pão” e ronronar perto de mim. Somente quem ama gatos é capaz de entender que coisa mais linda e prazerosa é ver uma gata gorda e mal humorada chegar toda lânguida, aproximar a carinha do meu corpo e mexer as patas em um movimento que lembra muito um filhotinho mamando...