sábado, 10 de outubro de 2009

Layla Regina

Havia perdido há pouco tempo o mais amoroso e delicado companheiro de toda a minha vida, meu cachorrinho Chicão, precisamente no dia 02/05/1994.
Como toda dona de cachorro apaixonada, jurei a mim mesma que jamais teria outro cachorro, mas constantemente me encantava com todos os filhotes que via pelas esquinas da vida, e isso não passou despercebido pelo meu namorado na época, que resolveu me presentear com uma pequena bolinha de pêlos branca.
Assim, entrava na minha vida Layla, que por seu jeito destemperado passou a se chamar Regina (que é o meu segundo nome), pois de acordo com meu pai seus ataques lembravam muito meus próprios rompantes de gênio.
Nunca em toda minha vida havia me deparado com um animal tão instável. Era capaz de deixar meu sobrinho pequeno arrancar seus pêlos sem esboçar sequer uma reação e incapaz de permitir examinar uma ferida entre seus dedos.
Hoje, passados 14 anos do dia em que a ganhei, sei que ela é fruto de minha inabilidade em ser líder de nossa matilha.
Ela continua destemperada com tudo aquilo que diz respeito a seu trato, mas é simplesmente um amor com qualquer outro animal que entre nessa família, e mais doce ainda com toda criança que dela se aproxime.
Hoje, já está com catarata, suas pernas não tem mais a mesma força de antes, está gorda e um pouco surda, mas eu não consigo esquecer que muitas vezes foi minha única companhia nos momentos de solidão e a alegria nas horas de tristeza.

Um comentário:

  1. Layla, instável??? Que o digam os três pontos que levei na boca porque fui pegar para ela algo que procurava em baixo do sofá... Detalhe: não havia nada! E minha mãe, sem as lentes, viu o machucado e me mandou colocar açúcar!!! Pouco cega!

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